A pressão que o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes aplicou contra os servidores do órgão para conseguir liberar o conjunto de joias sauditas entregue ao governo Bolsonaro resultou em denúncias levadas à Corregedoria do Ministério da Fazenda.
De acordo com informações do Estadão, a denúncia assinada pelo comando da superintendência e pelos delegados da alfândega de Guarulhos tem como prova dos atos de pressão diversos tipos de documentos, além de mensagens de texto, áudios e e-mails, entre outros itens.
Os funcionários da Receita também avaliaram a possibilidade de entrar com representações individuais contra o ex-chefe, uma vez que, segundo eles, Julio Cesar praticava esses atos desde o dia em que passou a comandar a Receita, em dezembro de 2022.
Vale destacar que a corregedoria da Receita era ocupada por João José Tafner, indicação da família Bolsonaro, até esta terça-feira (7). No entanto, servidores da corregedoria ameaçavam solicitar demissão coletiva, caso o bolsonarista não pedisse para sair.
Ainda segundo o Estadão, esses servidores ressaltaram que não havia confiança no corpo técnico da Receita sobre a lisura do processo contra Gomes a ser conduzido pela Corregedoria do órgão. Diante disso, eles decidiram realizar a representação na Corregedoria do Ministério da Fazenda.