O índice anual de desmatamento, conhecido como Prodes, apresentou uma redução de 22,3% na Amazônia, totalizando 9,1 mil km2 desmatados. Embora esse número seja considerado elevado, é o menor registrado desde 2019. Com informações de Míriam Leitão, em O Globo.
Vale ressaltar que a queda é mais expressiva do que aparenta, pois o período de avaliação do desmatamento é contabilizado de agosto a julho. Portanto, os dados divulgados hoje incorporam os últimos seis meses do governo Bolsonaro.
QUEDA DE 22,3% NO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA EM 2023!
Mesmo com o difícil passivo de 6000km2 deixado pela gestão anterior (O PRODES mede entre julho de 2022 e agosto de 2023) O governo do presidente Lula, com a coordenação da Ministra Marina Silva, conseguiu esse histórico feito! pic.twitter.com/9J9jsWKQUU
— Marco Martins (@MarcoMartinsSP) November 9, 2023
No término do governo anterior, houve um aumento significativo no desmatamento, especialmente no segundo semestre do ano passado, quando, mesmo durante o período chuvoso, registrou-se um aumento de 54%. Isso refletiu o clima de “liquidação” da floresta, impulsionado pela perspectiva do fim do governo Bolsonaro.
Ao assumir a administração, o presidente Lula e a ministra Marina Silva se depararam com uma herança preocupante, com 6.000 km2 de floresta já destruídos no primeiro semestre, que entra na contagem do ano de 2023. Apesar das reduções mensais, há receio entre os especialistas de que o Prodes não alcance um número anual satisfatório devido ao histórico desafiador.
A queda de desmatamento de janeiro a julho, que impacta a taxa do Prodes, atingiu 42%. Se a trajetória dos últimos seis meses do governo anterior fosse mantida, o desmatamento chegaria a 13 mil km2.
No entanto, se considerarmos apenas a tendência atual, sem os 6.000 km2 desmatados nos seis meses finais do governo Bolsonaro, o total anual seria de 6.000 km2, conforme destacou a ministra Marina Silva.
O governo esperava uma redução de 10% no total, baseando-se na queda do primeiro semestre deste ano, mas alcançou uma diminuição significativa de 22,3%, superando a desafiadora herança deixada por Bolsonaro.