A partir do dia 1º de janeiro de 2024, os usuários de trens e metrô em São Paulo enfrentarão um aumento na tarifa, que passará de R$ 4,40 para R$ 5, conforme confirmado pela assessoria da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). A mudança representa um acréscimo de R$ 0,60 no valor atual.
O reajuste implica que os passageiros que dependem exclusivamente do transporte sobre trilhos em dias úteis terão um acréscimo médio de R$ 26,40 em seus gastos mensais.
Esse aumento, segundo especialistas, além de afetar diretamente o bolso dos cidadãos, também tem implicações políticas significativas, especialmente considerando o cenário eleitoral.
Tensões políticas e desacordos
O aumento na tarifa de transporte público criou uma tensão política entre Tarcísio e o prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), ambos aliados, mas em desacordo sobre essa questão.
Tarcísio defende o aumento destacando a necessidade do reajuste, mencionando o congelamento da tarifa desde janeiro de 2020, o que resultou em crescentes subsídios e desafios financeiros para o governo estadual.
A decisão de aumentar a tarifa pegou funcionários da prefeitura e da SPTrans de surpresa, gerando especulações sobre o possível reajuste nas tarifas de ônibus.
“Inevitável”
Na reunião entre governador e prefeito, Tarcísio disse que seria “inevitável” o reajuste para o ano que vem. Desde quando assumiu o Palácio dos Bandeirantes, o atual governador vive em conflito com lideranças sindicais das linhas férreas e demonstra incômodo pelo fato de o Metrô ser deficitário.
A empresa teve um prejuízo de R$ 651 milhões no primeiro semestre deste ano. Em todo o ano de 2022, havia sido de R$ 1,2 bilhão.
Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), acredita que o aumento da tarifa afastará ainda mais os usuários e não será suficiente para cobrir o déficit.
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