STF: Lewandowski afirma que seu sucessor precisa ser “corajoso” para enfrentar “pressões”

Atualizado em 31 de março de 2023 às 7:25
O ministro Ricardo Lewandowski – Foto: Adriano Machado

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que o seu sucessor no Supremo Tribunal Federal (STF) precisa ser “corajoso” para enfrentar as “pressões” que um membro da Corte recebe. Ele anunciou a antecipação da sua aposentadoria na última quinta-feira (30).

“Além dos requisitos constitucionais, (que) são reputação ilibada, notável saber jurídico, idade de 35 anos, eu penso que o meu sucessor deverá ser fiel à Constituição, fidelíssimo à Constituição, aos direitos e garantias fundamentais nas suas várias gerações”, disse.

“Mas precisa ser, antes de mais nada, corajoso, enfrentar as enormes pressões que um ministro do Supremo Tribunal Federal tem enfrentar no seu cotidiano.”

O ministro Ricardo Lewandowski – Foto: Reprodução

Lewandowski disse também que o novo nome é decisão é “exclusiva” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que “nem ousaria” sugerir um nome. Porém, nos bastidores, o magistrado defende Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele foi secretário-geral do STF durante a gestão de Lewandowski na presidência da Corte.

“Essa é uma decisão, a respeito do meu sucessor, que é exclusiva do presidente da República e eu nem ousaria fazer alguma sugestão nesse sentido”, afirmou o ministro.

Vale destacar que o favorito para assumir a vaga do magistrado é Cristiano Zanin, advogado do presidente petista. Perguntado sobre o que ele achava da indicação de Zanin, Lewandowski disse apenas que “todos os nomes” cogitados são bons.

“Todos os nomes que estão aparecendo como candidatos são nomes de pessoas com reputação ilibada, com a trajetória jurídica impecável. O Supremo Tribunal Federal estará muito bem servido, e a sociedade brasileira (também), com qualquer dos nomes que tem parecido com frequência na mídia”, ressaltou.

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