O ex-presidente Jair Bolsonaro pretende sumir nos próximos dias e evitar agendas públicas. Ele quer evitar desgastes e vaias após operação da Polícia Federal contra seus aliados em investigação que apura a venda ilegal de presentes no exterior. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
Sua primeira aparição pública depois da operação da PF está planejada para os próximos dez dias, na 68ª Festa do Peão de Barretos de São Paulo. O evento ocorre entre os dias 17 e 27 de agosto e conta como uma série de shows de artistas sertanejos. Para o ex-presidente, não há riscos na aparição dele no festival.
Na última sexta (11), a PF realizou busca e apreensão contra Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef e o tenente Osmar Crivelatti. Eles são suspeitos em esquema de venda ilegal de presentes recebidos por Bolsonaro no exterior.
A corporação ainda apontou que o ex-presidente participou diretamente do caso e recebeu os valores em dinheiro vivo. Relatório da PF indica que “tais recursos ficaram acautelados e sob responsabilidade do general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e posteriormente transferidos, em dinheiro espécie, para a posse de Jair Messias Bolsonaro”.
A PF também pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de uma autorização para convocá-lo a prestar depoimento.