TCU investiga Enel e manda ministro bolsonarista para reuniões com Tarcísio e Nunes

Atualizado em 15 de outubro de 2024 às 17:02
O ministro do TCU (Tribunal de Cotnas da União) Augusto Nardes e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O ministro Augusto Nardes, do TCU (Tribunal de Contas da União), foi escalado para viajar a São Paulo e se reunir com o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), em meio à investigação contra a Enel, distribuidora de energia. Ele faz parte da apuração do órgão sobre os motivos do apagão.

“A equipe de auditoria do TCU fez uma análise documental, estática e tirou conclusões técnicas que merecem atenção. Entretanto emergências climáticas dinâmicas precisam ser consideradas na operação de concessionárias, especialmente as que prestam serviços públicos essenciais, como fornecimento de energia elétrica”, afirmou o presidente do TCU, Bruno Dantas, à CNN Brasil.

Dantas afirmou que pediu para que o ministro “examine esse quadro gravíssimo [do apagão] com o rigor necessário”.

O ministro afirmou que está “ouvindo todas as autoridades” envolvidas no caso e culpou o governo federal e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pelo apagão. “Falta governança por parte da Enel, e vamos responsabilizar também a Agência Nacional de Energia Elétrica e o Ministério de Minas e Energia”, afirmou em entrevista à GloboNews.

Apoiador de Jair Bolsonaro, Nardes ficou conhecido após decidir a favor do ex-presidente no caso das joias, recebidas de autoridades estrangeiras, que foram desviadas. O ministro também já virou notícia pelo vazamento de um áudio golpista dizendo que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas”.

A família de Nardes, que tem uma boa relação com o ex-presidente, também recebeu alvarás para explorar diamantes em Monte Alegre do Piauí durante seu governo, em 2019.

Apagão em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Nardes é relator de uma representação que tramita no TCU sobre o apagão que ocorreu em São Paulo em novembro de 2023. Um relatório elaborado pelo órgão afirmou que não foram encontradas irregularidades na atuação do poder público, apesar de a Aneel afirmar que os serviços da Enel precisam de aprimoramento.

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