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Preços de alimentos sobem com guerra na Ucrânia, diz Tereza Cristina

Colheita de milho no Brasil também deve ser afetada pela alta do preço de fertilizantes. Foto: Sérgio Lima/Poder360

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou, nesta quarta-feira (2), que a guerra na Ucrânia deve elevar o preço dos alimentos no Brasil. 

“Isso tudo [essa alta dos alimentos] depende. Se a guerra acabar hoje ou amanhã, é um impacto [aumento de preço menor]. Se continuar por mais tempo, é outro”, disse a ministra.

Segundo Tereza Cristina, a estratégia do governo para evitar reajustes elevados será a diversificação de fornecedores de adubos e fertilizantes.

“Tudo vai depender do tempo [de duração da guerra]. A gente tem que diminuir esses impactos, achar alternativas para ter o fornecimento. O preço [quem faz] é o mercado. O trigo subiu nas alturas porque a Ucrânia é um grande produtor. Hoje o mundo é globalizado. O preço [dos alimentos] a gente acha que terá uma alta. A soja subiu, caiu um pouco depois. O milho subiu e caiu depois. Isso é uma commodity. Temos de acompanhar e diminuir os impactos”, complementou.

Ainda de acordo com a ministra, os importadores têm nos armazéns os chamados estoques de passagem (as sobras da última safra e os insumos que ainda precisam ser desembarcados). Segundo estimativas do mercado, 7 milhões de toneladas devem estar estocadas no país.

Leia mais:

1- Conflito na Ucrânia pode encarecer pão francês no Brasil

2- Nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia fica para quinta

3- Economistas sobem para 5,50% estimativa de inflação em 2022

Danos em regiões produtoras preocupam Tereza Cristina

Além dos fertilizantes, a alta no valor do trigo, do milho e petróleo também preocupam.

O valor do trigo no mercado internacional, presente em massas, bebidas, pães e ração animal, já subiu 20% e a expectativa é de que suba ainda mais, de acordo com a Agroconsult. 

Embora o país importe trigo principalmente da Argentina, países como Rússia e Ucrânia são grandes produtores globais.

Para se ter uma ideia, em 2021, os fertilizantes russos representaram cerca de 22% do total importado pelo Brasil.

No caso dos insumos potássicos (feitos com base no potássio), a Rússia é o segundo produtor mundial.

Ainda de acordo com a consultoria, não são apenas os problemas logísticos e financeiros que já cercam o escoamento das colheitas da safra 2021/2022 que preocupam.

As atenções estão voltadas ainda para possíveis danos em regiões produtoras de milho e trigo da Ucrânia na temporada 2022/2023.

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Juba Maria

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