Thammy Miranda assina CPI contra Padre Júlio, que o defendeu num sermão de ataques de bolsonaristas

Atualizado em 3 de janeiro de 2024 às 21:44
Padre Júlio e Thammy Gretchen

A Câmara Municipal de São Paulo vai abrir uma CPI para investigar ONGs que trabalham com pessoas em situação de rua. Um dos alvos da investigação é o padre Júlio Lancellotti, vitima de uma perseguição cafajeste do vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do deplorável MBL.

Nunes jactou-se de já ter conseguido 25 assinaturas para essa canalhice. A ideia é pegar Boulos, candidato a prefeito, através do padre Júlio, já que os dois são muito próximos.

Entre os nomes que estão se prestando a essa palhaçada está o de Thammy Miranda (PL).

Em 2020, Miranda, que é trans, sofreu ataques pesados de bolsonaristas por estrelar uma campanha do Dia dos Pais promovida pela empresa de cosméticos Natura.

Quem saiu em sua defesa, veja só, foi o padre Júlio. Durante uma missa na paróquia São Miguel Arcanjo, ele provocou os fiéis.

“O que ofende a tal moral cristã? O pai trans que cuida de seu filho? Ou o abandono, a fome, o desrespeito, o veto ao Auxílio Emergencial às mães que criam seus filhos sozinhas?”, questionou.

“Não vou me definir como comunista, nem conservador, nem nada. Sou progressista”, disse Thammy, na época, enquanto era massacrado por gente como Eduardo Bolsonaro.

“Use a cabeça. Não seja gado. Seja pessoa. Leia”, disse Lancelotti no sermão.

Está em Timóteo: “Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios”.