Trabalhadores são coagidos a ir a atos golpistas; MP denuncia empresários

Atualizado em 12 de novembro de 2022 às 23:06
Interdição organizada por golpistas apoiadores de Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução/Minervino Junior

Trabalhadores estão sendo coagidos a participar de atos golpistas em Santa Catarina. O Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-SC) já recebeu 21 denúncias contra empresários que teriam exigido que seus funcionários comparecessem nas manifestações antidemocráticas, que questionam o resultado das urnas e bloqueiam rodovias.

O MPT-SC já denunciou à Justiça empregadores que integram a Câmara de Dirigentes Lojistas de Canoinhas, no interior de Santa Catarina. Segundo a procuradora Ana Roberta Tenório Lins Haag, funcionários foram coagidos a participar de uma greve com intuito de “subverter a ordem democrática”.

Além da denúncia, o MPT do Estado pediu que os empresários divulgassem uma recomendação aos funcionários e nas redes sociais, conscientizando os prestadores de serviços sobre não serem obrigados a participar de nenhum ato político.

“Necessário cientificá-los quanto à ilegalidade de atos de coação de trabalhadores para participação em manifestações, eventos ou atos em prol de ideologia, partido ou figura política, especialmente aqueles de conteúdo antidemocrático”, diz o MPT.

O MPT-SC já registrou, desde agosto, mês em que começou a campanha política, 313 denúncias de assédio eleitoral envolvendo 205 empresas (indústria e comércio), associações e federações de classe e sindicatos patronais.

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