Transparência Internacional combinava notas públicas com Dallagnol e atacou Toffoli

Atualizado em 5 de fevereiro de 2024 às 14:27
O ministro Dias Toffoli. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

A ONG lavajatista que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli mandou investigar, a Transparência Internacional, tem feito ataques ao magistrado nos últimos meses, criticou suas decisões e chegou a dizer que ele fez determinações com “fortes evidências” de conflitos de interesses.

O magistrado foi citado no relatório sobre corrupção no Brasil produzido pela entidade. O levantamento fala da decisão de Toffoli de suspender o pagamento de multa de leniência da J&F e afirma que existem “heterodoxias processuais” no caso.

“No intervalo de pouco mais de dois meses, ele anulou todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht (rebatizada de ‘Novonor’) e suspendeu multa de mais de R$ 10 bilhões aplicada ao grupo J&F, proprietário da JBS”, diz texto da Transparência Internacional.

O relatório também ataca o presidente Lula, dizendo que ele negligenciou o “resgate da autonomia do sistema de Justiça” com as indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino para o STF, o que gerou reação de petistas. A ONG ainda afirma que o Supremo é “excessivamente politizado”.

Na ordem de investigação contra a Transparência Internacional, Toffoli chama a ONG de instituição privada “alienígena” e pede que seja apurado se ela participou da aplicação de multa imposta à J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Deltan Dallagnol e membros da Lava Jato durante premiação da ONG Transparência Internacional. Foto: Reprodução

A entidade diz que não recebeu ou administrou recursos da multa, e apenas produziu estudos e apresentou recomendações de práticas de governança e transparência sem qualquer remuneração. A Transparência Internacional ainda diz ser alvo de uma “campanha difamatória”.

A entidade é uma ONG lavajatista que já foi denunciada por sua relação com a força-tarefa. Mensagens obtidas na Operação Spoofing mostraram que o ex-procurador Deltan Dallagnol e Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional no Brasil, combinavam notas da entidade e do Ministério Público para dar força a narrativas e manifestar apoio recíproco.

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