
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi alvo de protestos de trabalhadores da educação nesta quinta (18) após determinar o uso do ChatGPT para elaborar aulas digitais utilizadas por professores de escolas estaduais.
Durante ato em Franca, no interior de São Paulo, onde o governador cumpriu agenda, manifestantes sugeriram substituir o bolsonarista pela ferramenta de inteligência artificial. “Troco o governador pelo ChatGPT”, diz cartaz usado por trabalhadores do setor.
O governador participou de cerimônia em Franca para anunciar uma ordem de pavimentação da rodovia Rio Negro e Solimões, trecho que terá 11,4 km asfaltados. Durante o evento, ele ainda foi alvo de protestos contra a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

A decisão de usar o ChatGPT para elaborar as aulas foi anunciada pelo governo de SP nesta semana. O material didático era elaborado por professores especializados nessa área, chamados de curriculistas. Com o uso da ferramenta, eles serão responsáveis somente por revistar e “fazer os ajustes necessários” nos documentos.
Segundo a Secretaria de Educação, o uso da ferramenta será testado para atualizar e aprimorar aulas digitais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio. O próprio titular da pasta, Renato Feder, foi quem propôs a ideia.
No total, 3,5 milhões alunos estudam na rede estadual de educação. Eles estão divididos entre as mais de 5,3 mil instituições administradas pelo governo Tarcísio.