TSE é acionado contra Bolsonaro por trocadilho sobre Ku Klux Klan

Atualizado em 17 de setembro de 2022 às 21:06
Propaganda Bolsonarista
Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por causa do material virtual de divulgação de campanha que faz trocadilho com o movimento supremacista americano Ku Klux Klan. A representação foi feita pelos candidatos a deputado federal José Américo e Orlando Silva, da federação Brasil Esperança, e a candidata à Presidência Sofia Manzano (PCB).

O deputado federal General Girão (PL-RN) e a empresa Marketing Digital para Vencer não ficaram de fora da representação. O material divulgado na última quarta-feira (14) e na sexta-feira (16), em Natal (RN), continha uma frase que dizia: “Cuscuz Clan em Natal com Bolsonaro e Michelle Bolsonaro”.

Segundo a assessoria da campanha de Girão, autor da peça, o trocadilho não passa de uma “brincadeira” com as “besteiras” ditas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em um comício na semana passada comparou os atos bolsonaristas de 7 de Setembro a uma reunião da KKK.

A representação foi protocolada pelos advogados Silvio Luiz de Almeida, Renato Ribeiro de Almeida, Kaleo Dornaika Guaraty e José Eugênio da Silva Mendes. Eles argumentam que o material de divulgação é “propaganda ilícita e discurso de ódio” que aludem ao grupo supremacista branco, não tolerado pelo Código Eleitoral e passível de multa.

“Piada tem limite. O trocadilho com a KKK, fazendo referência à pronúncia do ex-presidente Lula, não pode ser tolerada. A KKK vitimizou pessoas e é símbolo da chamada supremacia branca, o que é inaceitável”, comentou Almeida. “A postura da empresa de marketing político e, especialmente, do presidente Bolsonaro e do deputado Girão fazendo coro a esse tipo de racismo recreativo, gratuito, precisa ser combatido com imensa força e vigor por toda a sociedade.”

O documento requer que Instagram, Facebook e Twitter removam as publicações e que Bolsonaro e General Girão sejam proibidos de veicular outras publicações que contenham o mesmo teor. Além disso, pede que sejam condenados e multados por propaganda irregular.

Con informações da Folha de S. Paulo.

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