Todo democrata que se preze precisa gritar “Fora Bolsonaro” ou, se quiser, o hino de Lula no Lollapalooza. Não necessariamente no palco. E não precisa nem se prezar.
É a única reação possível à decisão absurda, arbitrária, do TSE censurando manifestações políticas no festival.
A liminar que atende o PL diz respeito aos artistas, não ao público. Dificilmente milhares de jovens se deixarão intimidar e ficarão quietinhos. É da vida.
Ou vão prender 10 mil, 20 mil, 50 mil pessoas?
Esse é o mesmo tribunal que não vê nada de errado em “motociatas” picaretas, pagas com dinheiro público, que servem de campanha antecipada para Bolsonaro e em pastores caitituando voto para o sujeito durante cultos.
O mesmo que se negou a retirar outdoors em defesa do presidente em Mato Grosso.
O ministro Raúl Araújo acatou parcialmente o pedido do partido de Bolsonaro. Destacou que Pabllo Vittar fez propaganda de Lula ao erguer uma toalha com sua foto e entoar um “foda-se Bolsonaro”.
Pabllo estaria “em flagrante desconformidade com o disposto na legislação eleitoral, que veda, nessa época, propaganda de cunho político-partidária em referência ao pleito que se avizinha”.
Ora. Ela está proibida de exercer sua cidadania plena? Amanhã é com você. Esse é o pais essa turma quer?
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Araújo acendeu um paiol de pólvora. A reação será à altura.
Não se cala a boca de ninguém no Brasil dessa maneira. Não mais. Não no tapetão. O grito será mais alto e estremecerá o banheiro de Bolsonaro e de todos os tiranetes do país.