Faço aqui, em meio às ruínas dos 7 a 1, um elogio a David Luiz, um dos poucos jogadores que sobreviverão na seleção depois da pior derrota da história da seleção brasileira.
Ele saiu de campo pedindo desculpas para a torcida. Estava chorando. Aos jornalistas, depois do jogo, falou em sua frustração por não poder proporcionar ao sofrido povo brasileiro alegria pelo menos no futebol.
Mostrou, aí, uma virtude pouco alardeada: consciência social.
Ele estava ponderando o seguinte: os alemães já têm tantas coisas, já são um povo tão rico, que pelo menos no futebol podiam ceder as conquistas para países menos afortunados.
David Luiz teve origem humilde, e não se esqueceu dela.
É exatamente pela lógica de David Luiz que declaro aqui minha torcida ampla, total, irrestrita pela Argentina daqui por diante.
Que batam primeiro os privilegiados holandeses e depois os igualmente privilegiados alemães.
Que a grande festa de domingo seja dos descamisados argentinos.
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