Desacreditadas por Bolsonaro e ministro da Defesa, urnas eletrônicas foram desenvolvidas pelas Forças Armadas

Atualizado em 23 de julho de 2021 às 6:59
Brasil vai às urnas neste domingo para votar nas eleições municipais

As urnas eletrônicas, que vêm sendo atacadas por Bolsonaro e aliados, foram desenvolvidas justamente pelas Forças Armadas nos anos 90.

Quem já confirmou essa história mais de uma vez é o ex-presidente do TSE (Tribunal Superio Eleitoral), Carlos Velloso. Ele contou que um grupo técnico foi formado na década de 1990 para desenvolver a urna.

O grupo tinha três engenheiros do Inpe, um do Exército, um da Aeronáutica, um da Marinha e um do CPqD.

“A Comissão técnica começou do zero, foi trabalhando e construindo e fez o protótipo da urna. Quando a comissão trabalhava, fui visitado por representantes de empresas estrangeiras oferecendo urnas para nós. Eu dizia: não, vamos fazer uma urna tupiniquim, simples e barata. E assim conseguimos”, já explicou Carlos Velloso

As urnas eletrônicas sofrem hoje

Hoje, tudo mudou na relação dos militares com as urnas eletrônicas, a começar pelo presidente, um capitão que todos os dias insiste em dizer que há fraude no sistema.

Enquanto Bolsonaro é desmentido pelo TSE, que garante a segurança das urnas, o próprio ministro da Defesa, general Braga Netto, embarcou na onda e colocou em risco as eleições 2022.