“Como tivemos pouco tempo, não passei o que entendo como diretriz para que você adapte da sua maneira. Contudo, já tenho escutas usadas pelas operações especiais. Tenho veículo receptor que pode imediatamente reproduzir além da gravação e essa operação ficar restrita a um círculo de 5 pessoas. Três estavam sentados hoje conversando juntos. Se aceitar a missão, parafraseando o 01, salvamos o Brasil”, informou o texto da mensagem atribuída a Silveira.
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Segundo a jornalista Thaísa Oliveira, da Folha de S.Paulo, Do Val informou que recebeu a mensagem depois de uma reunião com Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente. Bolsonaro é o principal acusado de arquitetar o plano.
O parlamentar, sem se lembrar ao certo da data, afirmou que eles se encontraram após o resultado das eleições do ano passado e antes da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aconteceu no dia 12 de dezembro.
Segundo o senador, ele lembra que estava no plenário do Senado quando o ex-deputado o chamou do lado de fora e comentou que o então presidente desejava conversar com ele, privativamente e pessoalmente. Marcos lembrou que o próprio Bolsonaro perguntou se os dois poderiam se encontrar cara a cara. O encontro aconteceu poucos dias depois da breve conversa.
No encontro, diante de Bolsonaro, Silveira propôs que ele [Marcos do Val] grampeasse Moraes, que também é ministro do STF, com o intuito de captar algo comprometedor que servisse como argumento para prendê-lo. O plano, segundo ele, poderia acarretar em possíveis brechas que revelariam alguma coisa a ponto de Lula não poder assumir a Presidência.
Na madrugada de hoje, o senador informou sobre os planos do ex-presidente que, segundo ele, foi recusado e denunciado às autoridades competentes. O parlamentar, então, após uma onda de ataques, havia comentado sobre sua eventual renúncia e o retorno aos Estados Unidos. Ainda não se sabe qual será o rumo de Marcos.