VÍDEO: Assessor de Bolsonaro é desmentido ao vivo ao falsear pesquisas

Atualizado em 9 de julho de 2022 às 10:55

Durante participação no Cara a Tapa, canal de Rica Perrone no YouTube, Filipe Martins, assessor internacional de Jair Bolsonaro, foi desmentido pelo próprio apresentador do programa ao citar uma suposta pesquisa espontânea na qual o atual chefe do governo apareceria à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de votos para as eleições de outubro.

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República tinha a intenção de destacar que os números da pesquisa espontânea indicavam um cenário diferente da pesquisa estimulada. Perguntado sobre o que dizia pesquisa, ele soltou algumas informações. “Se eu não me engano, tá 38% pro presidente Bolsonaro e 36, 35, 34% pro Lula”, cogitou ele.

Perrone então perguntou qual instituto fez o levantamento e Martins afirmou que não lembrava exatamente, mas sabia que a pesquisa havia saído naquele dia (o vídeo foi publicado no dia 30 de junho). O apresentador pegou o celular e consultou qual tinha sido a última pesquisa divulgada e achou um resultado diferente do qual o convidado expôs.

“43% pro Lula, 33% pro Bolsonaro, essa aqui é a estimulada. A pesquisa espontânea tá Lula com 39% e Bolsonaro com 31%”, confrontou ele. “Mas você vê que é um número bem mais aproximado”, argumentou Filipe Martins. Assista ao trecho:

Ainda na mesma entrevista, Filipe Martins, que em 2021 foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) com a acusação de ter feito um gesto racista durante uma sessão do Senado, afirmou que Bolsonaro tem acesso a documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da PF que, em tese, são sigilosos.

“Eu, como assessor, tendo a manifestar minhas discordâncias internamente. Acho que é descortês e deselegante eu vir aqui e dizer: ‘não, naquele episódio eu disse isso. E foi feito aquilo’. Uma vez que ele fechou questão, o meu papel também é fazer com que a posição dele dê certo. Ele é o cara que tem a visão de conjunto e tem informações que eu não tenho. Ele está falando com os militares de uma forma que eu não estou. Ele está recebendo informe de inteligência da Abin e da Polícia Federal de uma forma que eu não estou”, declarou.

No bate-papo, ele também negou a existência de um gabinete do ódio. “Não existe gabinete do ódio. Já disseram que eu formulava as estratégias, que eu mantinha robôs, que eu mantinha uma série de coisas. Eu não tenho tempo para isso, por causa das demandas do meu trabalho. O negócio do gabinete do ódio é uma coisa muito séria, porque isso tem sido utilizado pela oposição e pelo Judiciário também para destruir a vida de pessoas”, defendeu, em relação a uma suposta rede especializada em disseminar notícias falsas.

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