VÍDEO – Biden chega a Israel e alega que explosão em hospital “foi obra do outro lado”

Atualizado em 18 de outubro de 2023 às 8:12
O presidente dos EUA, Joe Biden, participa de reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Tel Aviv, Israel. Fot: EVELYN HOCKSTEIN/REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou em Tel Aviv, Israel, nesta quarta-feira (18), em um gesto de apoio ao principal aliado americano no Oriente Médio, que está em conflito com o grupo palestino Hamas há dias.

Em suas declarações iniciais, o presidente democrata aparentou apoiar a versão israelense do bombardeio ao hospital al-Ahli, em Gaza, que resultou na morte de pelo menos 500 pessoas, responsabilizando “o outro lado” pela tragédia.

“Fiquei profundamente triste e indignado com a explosão ontem no hospital em Gaza. E com base no que vi, parece que foi causada pelo outro lado, não por vocês”, declarou Biden durante uma coletiva de imprensa realizada no hotel Kempinski, ao lado de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza, sob o controle do Hamas, acusou Israel pelo ataque ao hospital, afirmando que pelo menos 500 pessoas perderam a vida durante o bombardeio. Outras autoridades palestinas chegaram a mencionar até 870 vítimas.

Inicialmente, as Forças de Defesa de Israel atribuíram a responsabilidade pelo bombardeio a outro grupo armado palestino, a Jihad Islâmica, chegando a divulgar um vídeo institucional explicando as razões por trás do ataque conduzido pelo grupo. Contudo, o vídeo foi posteriormente removido.

O comunicado inicial das Forças de Defesa de Israel enfatizou que hospitais não são alvos militares do país e que uma investigação estava em andamento. Algumas horas depois, um novo comunicado mencionou que “com base em informações de inteligência provenientes de diversas fontes”, a organização extremista Jihad Islâmica teria sido a responsável pelo lançamento do foguete que atingiu o hospital.

Especialistas apontam que a visita de Biden a Israel tem como objetivo demonstrar o apoio dos Estados Unidos ao país e, ao mesmo tempo, tentar evitar que o conflito se expanda para outros países da região, como o Irã, o Líbano e a Síria. A chegada do presidente dos EUA ocorreu em meio a um dos momentos de maior tensão no conflito.

Biden também iria à Jordânia depois de passar por Israel, mas a viagem foi cancelada após a explosão no hospital. Ele deve conversar com os presidentes da Palestina, do Egito e o rei da Jordânia por telefone quando voltar a Washington.

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