VÍDEO – Contarato detona Moro: “O senhor não soube se portar como juiz”

Atualizado em 29 de março de 2023 às 14:58
Fabiano Contarato e Sergio Moro protagonizam embate na CCJ
Foto: Reprodução

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) detonou o senador Sergio Moro (União-PR) em um embate nesta quarta-feira (29) durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A discussão entre os dois começou quando Contarato criticou um projeto de lei que proíbe a contratação de pessoas condenadas por crimes hediondos. O petista, então, mencionou a atuação do parlamentar quando era juiz da operação Lava Jato. Moro foi o responsável por emitir a sentença que deixou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso em 2018.

“O senhor não soube se portar como juiz, violou o princípio da paridade de armas, violou o contraditório e ampla defesa, violou o que é mais sagrado dentro do processo penal, os fins não justificam os meios. Não satisfeito, integrou o Ministério da Justiça e saiu denunciando interferência da Polícia Federal”, declarou Contarato.

Em resposta, Moro começou a criticar os governos do PT na Presidência: “Eu não vim aqui discutir Operação Lava-Jato. Agora eu repudio as palavras ofensivas contra a minha pessoa. Não vou falar aqui do roubo da Petrobras de R$ 6 bilhões nos governos do PT, o seu partido, não vou falar aqui que a condenação do presidente da República foi feita não só por mim, mas por três juízes em Porto Alegre, por cinco juízes no STJ e a anulação depois foi por motivos formais, ninguém declarou o presidente inocente”.

Essa não é a primeira vez que Moro discute com um aliado de Lula no Senado. No último dia 15, o senador confrontou o senador Rogério Carvalho (PT-SE). Na ocasião, o petista disse que Moro teve “uma atuação criminosa” na Lava Jato e Moro rebateu afirmando que o PT protagonizou casos de corrupção.

O projeto de lei de autoria dos senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) e relatado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) foi defendido por Moro e aprovado pela CCJ nesta quarta.

Contarato criticou o texto: “Quando coloca aqui todos os crimes contra a administração pública, uma pessoa que um policial achar que você está resistindo a prisão dele ou desacato, e ela for condenada por um desacato não vai poder concorrer? Se for em segunda instância não vai se exigir o trânsito em julgado em definitivo?”

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