VÍDEO: Israel ataca hospital em Gaza, destrói ambulâncias e mata médicos e doentes

Atualizado em 3 de novembro de 2023 às 14:27
Bombardeio israelense atingiu ambulâncias. Foto: Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS)

Israel promoveu um novo ataque a hospital em Gaza nesta sexta (3) e matou médicos, crianças e pessoas doentes. A ofensiva ocorreu na região do Hospital al-Shifa, principal instituição de saúde da região, que abriga cerca de cinco mil pacientes em seu interior, além de milhares de pessoas ao redor.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que vários palestinos foram mortos e feridos durante o ataque, mas ainda não se sabe ao certo o número de vítimas. Antes da ofensiva, a instituição já estava passando por uma situação terrível por falta de recursos, segundo o diretor do hospital, Muhammad Abu Silmeyeh.

“Ficamos sem suprimentos médicos, não podemos acomodar o elevado número de vítimas e dentro de algumas horas os geradores irão parar. O necrotério do hospital está totalmente lotado. Estamos mantendo os mortos em nossos caminhões congeladores”, afirmou.

A pasta diz que o episódio de hoje é um “novo massacre” contra civis e relatou que entre as vítimas há pacientes, familiares, paramédicos e pessoas que foram deslocadas em busca de abrigo no hospital depois de perderem suas casas. O bombardeio ocorreu pouco depois do anúncio de que feridos seriam transferidos para o sul de Gaza.

Algumas ambulâncias que transportavam pessoas doentes também foram atingidas pelo novo bombardeio israelense. O comboio saía do Hospital al-Shifa carregando feridos e foi atingido pelos mísseis. Segundo o porta-voz da pasta, Ashraf Al-Qudra, cada veículo transportava entre 15 e 20 feridos em estado crítico.

As vítimas transportadas seriam levadas para a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, para tratamento fora de Gaza.

Vídeo feito por civis que estavam na região mostra vítimas ensanguentadas sendo carregadas na região onde o ataque ocorreu:

O Ministério da Saúde afirmou que 16 dos 35 hospitais de Gaza não estão funcionando por conta de bombardeios israelenses ou porque não possuem combustível para alimentar os geradores. Antes do novo bombardeio, o porta-voz do Exército israelense, Richard Hecht, alegou que alguns membros do Hamas eram transportados em ambulâncias.

“Não disparamos contra ambulâncias e hospitais se sabemos que são apenas civis e fazem o que devem fazer”, afirmou. O Exército israelense já acusou o Hamas de “travar uma guerra a partir de hospitais” na Faixa de Gaza.

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