VÍDEO – Lula se diz “persona non grata” pela extrema-direita e detona “democracia” dos EUA

Atualizado em 23 de abril de 2024 às 16:08
Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez um desabafo sobre o avanço da extrema-direita no Brasil e no mundo nesta terça-feira (23). Em um “café com jornalistas” realizado em Brasília, o petista afirmou que tem consciência de ser uma “persona non grata” pelos extremistas. O jornalista Leandro Fortes, do canal DCM TV, participou do encontro.

“A minha volta à presidência do Brasil trouxe uma perspectiva muito grande de retorno do Brasil ao cenário internacional. Um simbolismo muito grande de volta da democracia e combate ao extremismo. E isso incomoda eles”, escreveu o petista em sua conta no X, antigo Twitter, reproduzindo o teor do assunto no evento desta terça-feira.

Lula também falou da perda de credibilidade do Brasil durante o período em que a extrema-direita assumiu o poder com Jair Bolsonaro (PL). O presidente abordou como a má administração afetou o país economicamente devido aos laços diplomáticos que deixaram de ser feitos.

No café da manhã, Lula também relembrou a imagem que os Estados Unidos tinham para o mundo: “Vocês que são mais jovens não têm noção do que é o simbolismo da democracia americana”, iniciou.

“Vocês não têm noção do que significava o Capitólio, o Partido Republicano e o Partido Democrata aos olhos do mundo, era o espelho mais fantástico da democracia, do país exemplo do mundo, do país da oportunidade. Hoje, o que é os Estados Unidos? A imprensa não fala, mas você sabe que já tem 750 pessoas processadas e 450 pessoas presas por causa do Capitólio?”, disse, lembrando a invasão de eleitores de Donald Trump à sede do governo norte-americano em janeiro de 2021.

“Vocês sabem que o Brasil tinha se transformado em um país importante, num país que era levado em conta na geopolítica, vocês sabem a importância que o Brasil chegou a ter no G20, no BRICs, na discussão com a União Europeia. Na medida que a democracia se esvai e se enfraquece no Brasil, ninguém vinha aqui e ninguém queria receber o Brasil”, afirmou.

“Quando nós voltamos, parece que houve uma alegra internacional com a volta da democracia no Brasil e eu acho que isso é extremamente importante porque isso está permitindo que façamos uma discussão política”, concluiu.

No evento, o presidente também foi abordado sobre o tema da Lava Jato, operação que está sendo abordada pelo Conselho Nacional de Justiça, podendo acarretar em prisão dos responsáveis pela força-tarefa, como Deltan Dallagnol e Sergio Moro.

O processo que levou Lula à prisão é apontado como responsável pela eleição de Bolsonaro, uma vez que o petista liderava as pesquisas antes de ser impedido de disputar o pleito.

“O certo é que eu provei o que eu precisava provar, estou de volta à Presidência da República para fazer o que eu acho que precisa ser feito neste país”, respondeu Lula preferindo não comentar “um assunto que tramita na Justiça”.

“A verdade é que isso não se resolve em uma década, essa coisa vai levar tempo. Se você tem gente que tenta transformar os autores daquele episódio em heróis, as pessoas têm dificuldade de voltar atrás. Então leva um tempo de maturação para muita gente acordar sobre o que aconteceu”, disse o presidente sobre a perda de credibilidade de Moro.

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