Nesta segunda-feira (19), o pastor Silas Malafaia se enrolou ao explicar o motivo de sua presença na comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Reino Unido. O pastor está em Londres ao lado do chefe do Executivo para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II.
“O presidente tem uma vaga. Tinha uma vaga da esposa, do embaixador, é protocolar. E aí ele me escolheu para ir junto, só pode ser isso. Não tem nenhum outro motivo, não tem nenhum questionamento”, disse. “Aqui tem eu e um padre. E acredito que o presidente chamou tanto um padre, quanto um pastor por essa questão que na morte de um cristão, tem a religiosidade. Você não separa isso.”
Ele afirma que não sabe dizer por que Bolsonaro decidiu levá-lo ao funeral: “Estou deduzindo, por favor. Ele não me disse ‘Ó, vou te levar disso ou daquilo'”.
Malafaia também usou a ocasião para reclamar da cobertura da imprensa. “Imbrochável é o mote porque o cara brincou junto da mulher dele”. Ele ainda completa dizendo: “Lamentavelmente, a imprensa no Brasil tem lado. Lamentavelmente, a imprensa no Brasil é ativista política”.
“Na morte de um cristão, tem a religiosidade”, diz Silas Malafaia sobre motivo pelo qual Bolsonaro o levou a Londres.
Pastor também reclamou da cobertura da imprensa. “Imbrochável é o mote porque o cara brincou junto da mulher dele”. pic.twitter.com/WogfvvyAuT
— Metrópoles (@Metropoles) September 19, 2022
Malafaia afirma que o presidente poderia levar, além da primeira-dama, mais duas pessoas com ele na cerimônia: um diplomata e um convidado.
O natural seria que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, fosse com ele na cerimônia. O parlamentar “declinou”.
“O presidente então foi consultado e disse: ‘Tem uma outra vaga? Então coloca o Malafaia’. Foi o presidente que escolheu”, disse o religioso à Folha.