Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, trabalhou como gerente de vendas da vinícola Aurora, uma das três implicadas no caso de uso de trabalho escravo no Rio Grande do Sul.
Em 2019, quando Bolsonaro visitou as instalações da empresa, o presidente Itacir Pozza falou da passagem de Michelle pelo lugar em 2004.
Ela trabalhou no escritório de Brasília, segundo Pozza.
Em 2021, Michelle fez um jabá em suas redes sociais de produtos da Aurora. Juntamente com o inseparável maquiador Fernandez, ela faz uma cena ridícula em que ele lhe serve um suco de uva.
A Vinícola Aurora relato que pagava R$ 6500 mensais por trabalhador terceirizado contratado por companhia que foi alvo de uma operação do Ministério Público do Trabalho por manter empregados em condições análogas à escravidão.
No último dia 22, 207 trabalhadores que faziam a colheita da uva em vinícolas na região de Bento Gonçalves foram encontrados em condições degradantes numa pousada no bairro Borgo.
Eles eram trazidos da Bahia com a promessa de salário de R$ 3 mil, alimentação, hospedagem e transporte.
Os empregadores forneciam empréstimos a juros extorsivos. Com idades entre 18 e 57 anos, eram espancados, ameaçados e tomavam choques elétricos.