
Novas imagens de câmeras de segurança revelaram detalhes do caso que resultou na morte do estudante de medicina Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, após abordagem policial na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O episódio ocorreu na madrugada de quarta-feira (20) e está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Nas imagens obtidas pela TV Globo, Marco aparece caminhando pela Avenida Conselheiro Rodrigues Alves quando bate no retrovisor de uma viatura da Polícia Militar e foge ao ser perseguido pelos agentes. Um policial desce do veículo com a arma em punho, enquanto o motorista acelera para alcançá-lo.
O estudante corre em direção ao hotel onde estava hospedado. Câmeras de segurança mostram a chegada dos policiais ao local, onde Marco resistiu à abordagem. Após empurrar os agentes, o PM Guilherme Augusto Macedo disparou contra ele, atingindo-o no peito. O estudante foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Imagina sair matando gente porque deram um tapa no retrovisor do seu carro. Essa é a PM de São Paulo pic.twitter.com/4livi8MxEu
— Abel Ferreira Comunista! (@AugustodeS62143) November 22, 2024
Pouco antes do confronto, Marco estava no hotel com uma mulher que, segundo ela mesma, era uma antiga conhecida e havia ido cobrar uma dívida de R$ 20 mil. Após uma discussão, ela deixou o quarto, momento registrado pelas câmeras. O aluno de medicina saiu em seguida, aparentemente à procura dela.
Os policiais alegaram no boletim de ocorrência que o jovem tentou tomar a arma de um deles, justificando o disparo como legítima defesa. No entanto, as imagens não confirmam essa versão.
Especialistas em segurança pública e a Ouvidoria da Polícia criticaram a conduta dos agentes, apontando falta de preparo e uso desproporcional da força. Para eles, alternativas como armas de choque poderiam ter sido utilizadas para conter o estudante.
A família de Marco, composta por médicos peruanos naturalizados brasileiros, expressou indignação e cobrou justiça. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) se pronunciou, afirmando que “abusos nunca serão tolerados” e prometeu punição severa aos responsáveis.
A Corregedoria da PM indiciou o policial que disparou por homicídio. Ambos os agentes estão afastados e respondem a processos internos. Imagens das câmeras corporais dos policiais serão analisadas para elucidar os fatos.
💣 Um estudante de medicina de 22 anos, Marco Aurélio Cardenas Acosta, foi morto com um tiro à queima-roupa por policiais militares durante uma abordagem na escadaria de um hotel na Vila Mariana, São Paulo. Os PMs alegaram que o jovem teria dado um tapa no retrovisor da viatura e… pic.twitter.com/9gxJPMImVd
— Douglas Protázio (@douglasprotazio) November 20, 2024
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