Uma morte na cidade de Canton, Ohio, chocou novamente os Estados Unidos, relembrando casos graves de violência policial contra pessoas negras. Frank Tyson, de 53 anos, foi asfixiado enquanto estava sob custódia da polícia, algemado e implorando por ar: “eu não consigo respirar”, dizia Tyson a mesma frase usada por George Floyd, que morreu em situação semelhante em 2020.
O incidente aconteceu em 18 de abril, mas as imagens da câmera corporal dos policiais envolvidos foram divulgadas apenas uma semana depois (25 de abril).
No vídeo divulgado, ouve-se Tyson repetidamente dizendo “eu não consigo respirar” enquanto um policial mantém o joelho sobre seu pescoço. A vítima também ficou imóvel por cinco minutos antes dos policiais acionarem algum tipo de resgate.
NEW: 53-year-old man dies after getting taken to the ground by police and telling them that he couldn’t breathe.
As Ohio man Frank Tyson was motionless on the ground, one officer could be heard bragging about the “bar fight.”
Tyson had just gotten out of prison according to… pic.twitter.com/vGUTHfLHI6
— Collin Rugg (@CollinRugg) April 26, 2024
Essa frase se tornou um símbolo dos movimentos que protestam contra a brutalidade policial dirigida à população negra, como o Black Lives Matter. Além de Floyd, os estadunidenses também relembram o caso de Eric Garner, em 2014, que também foi vítima da polícia dos EUA.
Após a imobilização de Tyson, os policiais continuam a conversar, aparentemente despreocupados com a condição do detido. Apenas após vários minutos eles percebem que Tyson não está respondendo e chamam uma equipe médica. Infelizmente, Tyson foi declarado morto menos de uma hora depois de dar entrada no hospital.
O Departamento de Polícia de Canton afirmou que os policiais notaram a deterioração da condição de Tyson pouco após a detenção e tentaram administrar medicação para depressão respiratória. No entanto, essas medidas não foram suficientes para salvar sua vida.
Este incidente reacende o debate sobre o tratamento da polícia em relação às pessoas negras nos Estados Unidos e levanta questões sobre a responsabilidade policial e a necessidade de reformas significativas.