Em uma entrevista ao podcast Desculpa Alguma Coisa, do UOL, em julho, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) contou que é, constantemente, vítimas de ameaças. As promessas de crimes contra ela, também são direcionadas aos parentes: “Recebo e-mails, uma vez por mês, a cada 15 dias, com ofensas horrorosas, dizendo que vai me matar e matar a minha família das formas mais horríveis, e sempre com requintes de crueldade”.
Nesta quinta-feira (5), o irmão de Sâmia, Diego Ralf de Souza Bomfim, foi vítima de uma chacina que matou, além dele, outros dois médicos. Uma quarta vítima dos tiros segue internada no Rio de Janeiro, onde o crime aconteceu.
A parlamentar e os alvos dos disparos são de São Paulo. Ela é casada com o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Eles são do mesmo partido de Marielle Franco, vítima de um assassinato encomendado no Rio por motivações políticas.
Ainda na entrevista, ela foi questionada se não há possibilidades de investigações que apurem a origem das ameaças, no entanto, ela se mostrou pessimista: “Ferramenta eu acredito que exista para isso. Mas aí depende também do papel de redes sociais e de vontade política, que nunca teve”, respondeu.
🇧🇷 Sâmia Bomfim relatou ameaças à família em entrevista.
"Recebo email uma vez por mês, a cada 15 dias, com ofensas horrorosas falando que vai me matar, matar minha família. Das coisas mais terríveis e sempre com requintes de crueldade", disse a deputada.pic.twitter.com/OeVzxLshGp
— Eixo Político (@eixopolitico) October 5, 2023
Apesar da constância de ameaças, o último boletim de ocorrência feito por Sâmia foi registrado em agosto de 2022. As mensagens na ocasião apresentavam semelhanças significativas com as direcionadas, na mesma época, à deputada Duda Salabert (PDT-MG), que na época era vereadora em Belo Horizonte e também incluíam manifestações de teor nazista.
As outras duas vítimas fatais foram identificadas como Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33, ambos médicos assistentes do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, foi ferido a tiros e levado a um hospital, onde seu estado foi reportado como estável.
O ataque ocorreu no Quiosque do Naná, na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Imagens das câmeras de segurança mostram três homens chegando ao local e abrindo fogo contra os médicos, resultando em mortes imediatas. Os criminosos chegaram ao local pouco antes da 1h. Um veículo branco, usado pelos assassinos, ficou parado ao lado do quiosque enquanto os homens atiravam. Nas imagens, é possível ver que o ataque durou cerca de 30 segundos.
O ataque ao quiosque que deixou três médicos mortos e um ferido na Barra da Tijuca. pic.twitter.com/61NFjJWAbJ
— O Globo_Rio (@OGlobo_Rio) October 5, 2023
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