VÍDEO – Após reunião com Fux, Pacheco manda recado a Bolsonaro: ‘Democracia não pode ser questionada como vem sendo’

Atualizado em 18 de agosto de 2021 às 14:35
Rodrigo Pacheco em entrevista coletiva após reunião com Fux.
Foto: Reprodução/CNN Brasil

Após reunião com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que a democracia no país não pode ser questionada como vem sendo recentemente.

A declaração foi uma resposta às ameaças do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo.

“Nós precisamos de uma pauta propositiva, e o ambiente dessa pauta propositiva é democracia. A democracia não pode ser questionada da forma como vem sendo questionada no país”, disse.

“Concordamos que o radicalismo e o extremismo são muito ruins para o Brasil e são capazes de destruir a democracia. Precisamos evitar o radicalismo e o extremismo e buscar o diálogo”, ressaltou o presidente do Senado.

Pacheco já mandou indireta para Bolsonaro

Na segunda-feira (16), Pacheco divulgou uma nota enviando uma indireta para Bolsonaro. O senador não citou nomes, mas ficou evidente sua cutucada ao chefe do executivo.

“O diálogo entre os Poderes é fundamental e não podemos abrir mão dele, jamais. Fechar portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país”, afirmou ele.

“Portanto, é recomendável, nesse momento de crise, mais do que nunca, a busca de consensos e o respeito às diferenças. Patriotas são aqueles que unem o Brasil, e não os que querem dividi-lo”, acrescentou em suas redes sociais.

O presidente do Senado não parou por aí. Ele declarou que “os avanços democráticos conquistados têm a vigorosa vigilância do Congresso, que não permitirá retrocessos”.

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Bolsonaro e Rodrigo Pacheco

O posicionamento de Rodrigo Pacheco não foi por acaso. No fim de semana, Bolsonaro prometeu que pedirá o impeachment de dois ministros do STF. Caso o presidente cumpra a promessa, o senado é quem irá analisar o pedido.

O chefe do executivo tem enfrentado Luís Roberto Barroso na questão do voto impresso. O presidente defende que as urnas eletrônicas não são transparentes.

Com o segundo ministro, Alexandre de Moraes, o governante foi incluindo em dois inquéritos. O número pode aumentar em breve.