Zemmour enfrenta novo julgamento por afirmar que colaborador dos nazistas salvou judeus na França

Atualizado em 21 de janeiro de 2022 às 20:03
Zemmour
Candidato à Presidência da França enfrenta novo julgamento

Após ser multado em 10 mil euros (R$ 62.700), por incitar o ódio racia, Éric Zemmour, candidato de extrema direita nas eleições presidenciais da França, enfrentou outro julgamento. As informações são do O Globo.

O motivo da nova audiência foi sua versão particular da ocupação alemã da França entre 1940 e 1944 e a afirmação de que Philippe Pétain, líder francês que colaborou com a Alemanha nazista durante a Segunda Guerra, protegeu judeus. A sentença, no entanto, só será conhecida depois do pleito.

Zemmour é acusado de ter dito em outubro de 2019, durante um debate na rede CNews, que Pétain havia “salvado judeus franceses”. Mas, segundo a promotoria, a declaração contradiz “a realidade tangível de 24 mil assassinatos precedidos por tantas deportações e outros atos desumanos”.

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Zemmour já havia sido julgado e absolvido em janeiro de 2020

O candidato de extrema direita, tem cerca de 13% das intenções de votos nas pesquisas. Ele foi absolvido em janeiro de 2020 em um primeiro julgamento.

O tribunal considerou que Zemmour teria tido a intenção de dizer que Pétain salvou “judeus franceses” e não “todos os judeus franceses”. De acordo com os juízes, a vontade dele não era questionar um crime contra a humanidade.

Porém, a acusação recorreu e pediu na quinta-feira uma multa de 10 mil euros. O advogado de Zemmour, Olivier Pardo, tentou adiar o novo julgamento para que que não interferisse na campanha presidencial, mas não conseguiu. Zemmour não compareceu à sessão.

Zemmour, acredita que a França de Pétain, cuja capital à época era Vichy, “protegeu os judeus franceses” e entregou aos nazistas apenas os judeus estrangeiros.  O candidato se baseia no fato de que na França 75% dos judeus e 90% dos judeus de nacionalidade francesa sobreviveram.

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