69% rejeitam mistura de política com religião em SP, diz Datafolha

Atualizado em 12 de março de 2024 às 15:56
Michelle e Jair Bolsonaro em culto evangélico. Foto: reprodução

Uma recente pesquisa Datafolha revelou que 69% dos moradores da cidade de São Paulo discordam da ideia de que política e religião devem estar associadas para melhorar a capital paulista.

O debate sobre a relação entre política e religião ganhou destaque especialmente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora a Constituição brasileira preveja a laicidade do Estado, especialistas alertaram para o fortalecimento do nacionalismo cristão durante esse período.

A defesa da união entre política e religião foi evidenciada por Michelle Bolsonaro durante um evento na Avenida Paulista no último dia 25. “Por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço”, declarou a ex-primeira-dama. “Chegou o momento da libertação”, anunciou.

De acordo com os resultados, 55% dos entrevistados discordam totalmente dessa associação, enquanto 14% discordam parcialmente. Por outro lado, 20% concordam totalmente e 10% parcialmente. Há ainda 1% que não concorda nem discorda, e 1% que não sabe.

A pesquisa também revelou que a concordância com essa associação é maior entre os apoiadores de Bolsonaro (40%) do que entre os simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (28%). Além disso, observou-se que a adesão à tese é maior entre os menos instruídos e os de menor renda.

O levantamento, realizado nos dias 7 e 8 de março, entrevistou 1.090 eleitores e apresenta uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Outro ponto abordado na pesquisa é a percepção sobre a eleição para prefeito de São Paulo como uma continuação da eleição presidencial de 2022. Nesse aspecto, 54% dos entrevistados concordam totalmente, enquanto 27% concordam parcialmente.

Ambos os líderes têm apoiado seus candidatos no pleito, o que promete intensificar o embate político na cidade, sendo Guilherme Boulos (PSOL) o nome defendido por Lula e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, o escolhido para o pleito pelo lado bolsonarista.

Além disso, a pesquisa revelou que a maioria dos entrevistados, 72%, considera importante o apoio do governador e do presidente da República para o sucesso do prefeito de São Paulo. Tais números refletem a percepção da população sobre a relação entre os diferentes níveis de governo e sua influência na gestão municipal.

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