Não olhe para cima tem Bolsonaro como ator oculto. Por Gilberto Maringoni

Atualizado em 26 de dezembro de 2021 às 7:59
Cena de Não olhe para cima, da Netflix
Não olhe para cima lembra Bolsonaro – Foto: Reprodução

Não perca tempo lendo críticas cheias de senões a “Não olhe para cima” e vá direto ao Netflix. Pode não ter o brilho de “Vice” (uma biografia livre de Dick Cheney), trabalho marcante do mesmo diretor Adam McKay, mas é o filme certo na hora certa.

O negacionismo de Trump e Bolsonaro está escancarado ao longo de pouco mais de duas horas da trama que se inicia com a descoberta de um cometa em rota de colisão com a Terra, feita por um casal de astrônomos.

O mercado e o mundo político tratam de tirar os maiores proveitos de um fim do mundo com data para acontecer. O tema, que apareceu em pelo menos uma dezena de filmes B de ficção científica no auge da Guerra Fria, aqui funciona como metáfora da pandemia do Covid-19 e das batalhas pela vacinação.

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Leonardo de Caprio – em meio a um elenco estelar – mostra porque é um grande ator. Há conflitos e climas que lembram muito “Um sinal do espaço”, magistral graphic novel de Will Eisner, lançada em 1978.

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Gilberto Maringoni
Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC e candidato do PSOL ao governo de São Paulo, em 2014