Ministério de Damares quebra silêncio e entra no caso Moïse oito dias após morte do congolês

Atualizado em 2 de fevereiro de 2022 às 13:23
Montagem de Damares e Moïse
Ministério comandado por Damares Alves passou a investigar assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe oito dias depois.
Foto: Reprodução

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado pela pastora Damares Alves, anunciou que passou a apurar o caso do brutal assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, somente nesta quarta-feira (2). O jovem, que vivia no Brasil desde 2011, foi assassinado no dia 24 de janeiro. O fato ganhou ampla repercussão no último domingo (30/01).

Leia mais

1-Buraco na marginal Tietê começa a ser concretado e pista só será liberada em 10 dias
2-Gabinete do ódio começa 2022 espalhando fake news e informações absurdas sobre Lula
3-Denúncia do assassinato de Moïse chega a órgão da ONU

Ministério de Damares pediu esclarecimentos sobre o caso

Na terça-feira (1º), a pasta informou que enviou um ofício à Polícia Civil do Rio e à Delegacia de Homicídios da capital. O documento pede esclarecimentos sobre o caso e diz que a partir de agora o ministério irá acompanhar as apurações diariamente.

Em publicação nas redes sociais, a ministra disse que está trabalhando em silêncio sobre a morte do congolês. “Não dá pra vir pra rede social o tempo todo falar tudo o que estamos fazendo. Trabalhamos em silêncio, mas trabalhamos”, afirmou.

Ao menos duas secretarias do órgão já haviam iniciado procedimentos para que algo fosse feito sobre o assunto, mas as duas tentativas só receberam atenção da cúpula hoje. A ministra de Bolsonaro foi cobrada nas redes sociais por ativistas do movimento negro e dos direitos humanos a agir. Grupos como a UNE (União Nacional dos Estudantes) também a questionaram sobre a atuação da pasta no caso.

De acordo com o ministério, o secretário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Esequiel Roque, viajará ao Rio na próxima semana para acompanhar o caso.

A família do congolês e grupos da sociedade civil estão organizando uma manifestação para às 10h deste sábado. O ato acontecerá em frente ao local do crime, o quiosque Tropicália, no posto 8 da orla da Barra da Tijuca.

O assassinato de Moïse Kabagambe

O congolês morava no Brasil desde criança com a sua família, que fugia da guerra no Congo. Ele trabalhava no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca.

Moïse morreu depois de ser agredido por um grupo – o número varia de dois a cinco, na segunda-feira (24). Sua família ficou sabendo da morte apenas 12 horas depois, no dia seguinte.

Os parentes e amigos do jovem realizaram um protesto no sábado (29) na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link