Coalizão Negra por Direitos enviará nesta quarta (2) uma denúncia ao Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial da ONU (Organização das Nações Unidas) pedindo providências sobre a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio de Janeiro. A informação é de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
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Denúncia do assassinato do congolês na ONU
No documento serão apontados os possíveis crimes de racismo e de xenofobia. Essa articulação, que reúne mais de 200 entidades, coletivos e organizações do movimento negro, abordou o caso nesta terça (1º) durante uma reunião com o Subcomitê da ONU para a Prevenção da Tortura.
Douglas Belchior, um dos coordenadores da coalizão, defende que o caso ganhe repercussão mundial, como forma de denunciar a violência e pressionar as autoridades a darem respostas.
Em outra frente, eles organizam, ao lado de outros grupos, manifestações de rua em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo nos próximos dias.
“Ou a ONU se posiciona, ou será conivente e cúmplice. O mundo precisa saber que o Brasil é um país racista onde, em pleno 2022, é possível que se amarre pelas mãos e pés uma pessoa negra, espanque e mate a pauladas”, afirma Belchior ao jornal.
“Há indícios de que milicianos tenham sido responsáveis pelo assassinato brutal de Moïse. A mesma milícia que assassinou Marielle Franco. A mesma milícia que ocupa o poder central do país e gesta a política do genocídio negro brasileiro”.