Moscou ‘reduz gradualmente’ suas demandas, afirma oficial ucraniano

Atualizado em 4 de março de 2022 às 15:48
Bandeira da Rússia e da Ucrânia lado a lado.
Imagem: Getty Images/jmiks

A Rússia “reduziu gradualmente suas demandas” desde o início das negociações com Kiev, disse o assessor presidencial ucraniano Alexey Arestovich nesta sexta-feira.

Durante a segunda rodada de negociações, realizada na Bielorrússia na quinta-feira (03), em meio à ofensiva da Rússia na Ucrânia, Moscou e Kiev chegaram a um acordo sobre o estabelecimento de corredores humanitários.

Falando à agência de notícias Ucrânia 24, Arestovich disse que os negociadores russos estão “reduzindo gradualmente suas exigências” e apontou para uma observação supostamente feita pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

Leia mais:

1. Ex-premiê da Ucrânia diz que Otan planeja Terceira Guerra Mundial contra Rússia

2. Acusado de atentado ao Porta dos Fundos é extraditado da Rússia e está preso no Rio

3. Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa diz que Bolsonaro o ajudou em 2009

“Se olharmos de perto, veremos que eles pararam de falar sobre desnazificação”, disse Arestovich, acrescentando que mesmo a questão de um status neutro para a Ucrânia não foi levantada. “Foi uma questão de impedir o envio de certos tipos de armas ofensivas na Ucrânia que foi discutida”, disse ele.

Não ficou claro, no entanto, qual das observações de Lavrov Arestovich estava se referindo. Na quinta-feira, o ministro concedeu uma entrevista à imprensa estrangeira e destacou que a “desnazificação” era um dos principais objetivos de Moscou na Ucrânia.

A versão de Arestovich sobre o assunto foi refutada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Respondendo ao pedido de um jornalista para esclarecer se a Rússia havia rejeitado a ideia da “desnazificação” da Ucrânia, Peskov disse: “Não, não é o caso.”

“Desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia foram os objetivos declarados do ataque militar lançado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro. O Ocidente condenou a ofensiva e impôs uma série de novas e severas sanções a Moscou em resposta.

Publicado originalmente no jornal RT

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link