Acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa diz que Bolsonaro o ajudou em 2009

Atualizado em 4 de março de 2022 às 10:36
Ronnie Lessa com prótese
Em 2009, Lessa coloca prótese com ajuda de Jair Bolsonaro/ Foto: Reprodução.

Em entrevista exclusiva à revista Veja, o policial reformado Ronnie Lessa, preso por ter efetuado os disparos que assassinaram Marielle Franco e Anderson Gomes, confirmou que foi ajudado por Jair Bolsonaro (PL) em 2009, quando perdeu parte da perna na explosão de uma bomba em seu carro.

Na entrevista, Lessa diz que Bolsonaro intercedeu a seu favor para que fosse atendido na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro. “Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial”, disse.

Apesar disso, Lessa, que era vizinho de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, na Zona Sul do Rio, afirma não ser próximo ao presidente. “É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, garante.

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A defesa de Ronnie Lessa

À revista Veja, Lessa também negou que tenha assassinado Marielle Franco, e atribuiu a intermediação do crime a Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope, que era próximo ao clã Bolsonaro e foi morto em ação da PM da Bahia.

“Ele estava num patamar em que não entrava mais num carro para dar tiro em ninguém, mas tenho quase certeza de que o grupo dele fez”, diz Lessa em relação à milícia armada “Escritório do Crime”.

Na versão do policial, Adriano quis se vingar por Lessa não tê-lo aceito como sócio em uma academia de ginástica da qual era dono em Rio das Pedras, área de atuação do miliciano. Contudo, as suspeitas recaíram sobre ele próprio, ao ter a organização do Escritório do Crime relacionada ao seu nome.

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