
Dias antes do encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o presidente russo Vladimir Putin, a ordem no governo era evitar qualquer assunto, declaração ou gesto que pudessem vir a atrapalhar a viagem do chefe do Executivo à Rússia. Segundo o UOL, fontes diplomáticas que participam diariamente da formulação da política externa do país, afirmaram o plano de evacuação de brasileiros da Ucrânia foi um dos pontos ignorados.
O Itamaraty não se manifestou ao ser questionado se houve algum contato com a comunidade brasileira antes dos ataques para uma possibilidade de evacuação. Até o início da guerra, cerca de 500 brasileiros viviam na Ucrânia.
A lógica era de que, a embaixada do Brasil na Ucrânia montasse um plano com instruções aos brasileiros que viviam no país. Porém, a notícia chegaria à imprensa com o prenuncio de que o país considerava uma possível guerra.
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Bolsonaro vetou evacuação
O cálculo interno no governo era de que anunciar a existência de um plano de evacuação, portanto, poderia ser interpretado no Kremlin como um ato de desconfiança em relação à palavra de Putin e de seu governo.
Ainda segundo o UOL, uma segunda fonte no Executivo também confirmou que durante a visita de Bolsonaro o Kremlin insistia que não tinha intenções de atacar o país vizinho. O chanceler russo, Sergei Lavrov, chegou a acusar o Ocidente de histeria.
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