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Rússia vai punir fake news sobre guerra na Ucrânia com até 15 anos de prisão

REUTERS/Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Foto: REUTERS/Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin

Deputados da Rússia aprovaram hoje um projeto de lei que tornará crime punível com até 15 anos de prisão para quem disseminar fake news sobre ações das Forças Armadas na Ucrânia. Não está claro o que a lei define como notícias falsas.

Segundo o governo russo, o projeto de lei “protege os interesses da Federação Russa e seus cidadãos, mantendo a paz e a segurança”. O projeto foi aprovado por unanimidade.

“Essas falsificações desmoralizam a sociedade e minam a fé no exército e nos serviços de segurança”, disse Vasily Piskarev, deputado do partido no poder de Putin. Ele acrescentou que os militares da Rússia estão “mantendo a paz” na Ucrânia.

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Até 15 anos de prisão por fake news

“Se as fake news levarem a sérias consequências, a pessoa pode pegar até 15 anos de prisão”, disse a câmara baixa do Parlamento, conhecida como Duma, em um comunicado.

A Duma delineou uma escala móvel de punições para qualquer um que tenha desacreditado as Forças Armadas, com penalidades mais duras para aqueles que intencionalmente espalham informações falsas ou pedem ações públicas não sancionadas.

As emendas parecem dar ao Estado russo poderes muito mais fortes para reprimir. “Literalmente até amanhã, esta lei forçará punição – e punição muito dura – para aqueles que mentiram e fizeram declarações que desacreditaram nosso exército”, disse Vyacheslav Volodin, presidente da Duma.

O que Putin diz sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia

O presidente Vladimir Putin disse que a “operação militar especial” é essencial para garantir a segurança russa depois que os Estados Unidos ampliaram a aliança militar da Otan para as fronteiras da Rússia e apoiaram líderes pró-ocidentais em Kiev.

Autoridades russas não usam a palavra “invasão” e dizem que a mídia ocidental falhou em relatar o que eles classificaram como “genocídio” de pessoas de língua russa na Ucrânia. As emendas precisam ser aprovadas pela câmara alta do parlamento antes de irem para Putin para serem sancionadas.

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