Gabinete do ódio fica em silêncio e preocupa Bolsonaro

Presidente tem dado mais atenção ao Centrão

Atualizado em 9 de março de 2022 às 10:04
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Jair Bolsonaro está preocupado com o gabinete do ódio

O presidente Jair Bolsonaro (PL) estancou as quedas nas pesquisas eleitorais e até deu uma pequena reagida. Isto ocorreu após o chefe do executivo federal ter passado a escutar mais o Centrão e deixado de lado o gabinete do ódio. O governante avisou aos mais radicais que os quer apenas como “soldados” de “guerra”. As estratégias políticas ficarão nas mãos “daqueles que entendem da máquina”.

Conforme apurou o DCM, em novembro, o presidente bateu o martelo sobre dar protagonismo a sua base raiz. Mas os comportamentos radicais dele o fizeram ficar muito distante de Lula. Além disso, com a entrada de Moro na disputa, começou a se preocupar em não chegar ao segundo turno. Inclusive, recebeu ameaças de líderes do Centrão, arriscando perder aliados.

No entanto, de janeiro para cá, ele mudou de atitude e diminuiu a radicalização. Começou a escutar mais os caciques dos partidos que fazem parte da base de apoio. Além disso, deu maior poder aos ministros “políticos”, como Ciro Nogueira, para negociar com o Congresso Nacional.

Como recompensa, sua rejeição diminuiu. Seu maior trunfo acabou sendo o Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família. A ideia de oferecer R$ 400 para famílias carentes foi do Centrão. Tudo mudou aos bolsonaristas mais moderados por causa disso.

O chefe do executivo federal continua com apoio e boa relação com os membros do gabinete do ódio. Mas o “companheirismo” diminuiu. Os planos apresentados pelos radicais bolsonaristas são usados apenas nas redes sociais. Na área política, a ordem do presidente é: ignorá-los.

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Gabinete do ódio não se revolta. Bolsonaro se preocupa

Todas às vezes que o presidente resolveu colocar o gabinete do ódio de lado, houve forte reação dos seus líderes. Eles jamais aceitaram ficar em segundo plano, enquanto o Centrão conquistava protagonismo. Desta vez, o comportamento tem sido outro. E Bolsonaro está desconfiado.

Para interlocutores, o chefe do executivo teme que a sua ala radical não se empenhe durante as eleições na “guerra de narrativas”. Ele prometeu conversar com os bolsonaristas raiz, no entanto, prometeu não mudar seu posicionamento sobre os projetos políticos.

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