VÍDEO: Mônica Waldvogel, na GloboNews, reconhece suspeição de Moro: “Houve conluio”

Atualizado em 26 de março de 2022 às 11:56
A jornalista Mônica Waldvogel durante seu comentário na Globo News. Abaixo dela aparece a legenda: Ascensão e queda: A Lava-Jato na opinião pública.
A jornalista Mônica Waldvogel, da GloboNews. Imagem: Reprodução

A jornalista da Globo News Mônica Waldvogel admitiu, na noite de sexta-feira (25), durante o programa “Em Pauta”, que o ex-juiz da Lava Jato e pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), era suspeito ao julgar os casos da operação.

Em vários momentos houve claramente um conluio entre o Ministério Público e o juiz, combinando operações da Polícia Federal, combinando delações, combinando procedimentos“, afirmou Mônica.

O programa debatia a condenação do procurador Deltan Dallagnol por conta do seu criminoso “powerpoint” que associava Lula a diversos delitos não provados e fazia um apanhado sobre a ascensão e a queda da operação Lava-Jato na opinião pública. Enquanto comentava o vazamento das mensagens entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, conseguido pelo The Intercept Brasil, a jornalista Mônica disse: “Dallagnol, na conversa com procuradores, buscando influenciar ministros do Supremo, buscando fazer investigações que não eram devidas à primeira instância de Curitiba”.

“Todo esse conjunto acabou no STF com a suspeição do juiz Sergio Moro e, com isso, os processos foram todos caindo. Sem falar nas várias delações (premiadas) que não tiveram comprovação”, completou a profissional da Globo News. Assista ao vídeo abaixo.

Leia mais:

1. Mais da metade dos brasileiros não confia em Bolsonaro, diz Datafolha

2. Advogado de Mamãe Falei diz que cassação é exagero e sugere punição branda

3. Doria e Tebet tentam ‘salvar’ terceira via em encontro em mansão

Mônica Waldvogel lembrou que nem sempre as delações premiadas eram comprovadas

A jornalista da Globo News relembrou, ainda, no programa Em Pauta desta sexta (25), que quando o então juiz Sergio Moro passou a utilizar “à exaustão” o instrumento da delação premiada, pouca gente conhecia e “abusos” começaram a “provocar desconfiança”. “Todo mundo estranhou, ninguém conhecia aquele instrumento. Mais tarde, foi comprovado que em vários momentos o instrumento foi forçado. Quer dizer, o delator entregava coisas que não conseguia comprovar para conseguir se livrar da prisão”, lembra Mônica.

Ela afirmou, também, que os advogados de defesa dos réus da operação Lava Jato passaram a denunciar a prática “de que os delatores estavam sendo coagidos e de que havia um abuso do poder do Ministério Público e do juiz em acatar aquelas delações que nem sempre eram provadas. Tudo isso começou a provocar uma desconfiança”.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link