Não basta destruir o próprio legado e jogar a carreira na lata do lixo: Regina Duarte parece não economizar esforços para ser lembrada, sobretudo, como uma mulher cruel.
Diante da situação lamentável – na verdade, nosso vocabulário não tem uma palavra adequada para adjetivar a destruição dos yanomami –, a queridona usou a internet para declarar que as crianças indígenas estariam desnutridas pelo que ela chama de “má alimentação.”
“A infância desamparada dos Yanomamis, uma gente criada à base de mandioca, feijão, verduras e peixes”, escreveu a criatura, gerando revolta na internet ao tentar colocar panos quentes sobre o fato de o seu presidente ser um genocida, e, mais uma vez, defender sua barbárie.
Eu honestamente não esperava uma retratação dos bolsonaristas, mesmo vendo o estrago que fizeram com os povos originários no Brasil. Quem mata milhares numa pandemia e não se importa em ter as mãos sujas de sangue não sente remorso em matar indígena de fome.
Mas, honestamente, eu não esperava – nem mesmo de Regina Duarte – uma culpabilização das vítimas em uma situação tão terrível.
Mesmo conhecendo bolsonaristas como conheço, eu não esperava tamanha cara de pau, enquanto a verdade é o que todos sabemos: os yanomami morreram e seguem morrendo de bolsonarismo.
Um bolsonarismo que desmatou suas terras e envenenou seus rios. Esses povos originários, um dos últimos que seguem resistindo, foram mortos pelo bolsonarismo, e salvos pelo nosso voto.
Não creio, de maneira alguma, que a postagem de Regina seja apenas burrice (embora sempre haja burrice no bolsonarismo): é crueldade, ganância, falta de amor ao próximo – coisa que Regina nunca demonstrou.
Mas nunca é demais dizer que ninguém se alimenta melhor que os indígenas: sem veneno, sem industrializados, sem alimentos ultraprocessados, com medicinas da natureza e em harmonia com ela.
Acontece que, sem suas terras e sem seus rios, a vida dos povos originários é impossível, porque eles não sabem viver de outra forma que não a partir da natureza.
Eles cuidam da natureza porque dela sobrevivem, e assim é porque assim tem que ser. Eis um modo de vida realmente sustentável – muito diferente da sustentabilidade que o capitalismo ousa tentar cooptar.
Regina Duarte não sabe de nada disso, mas, mesmo sem saber, poderia ter escolhido a empatia, escolheu a crueldade, como sempre escolhe, dia após dia.
Ser chamada de “velha demente” na internet é pouco pra ela. Ela não é demente: é cruel, nazistóide, porta-voz do ódio e do desamor, o estandarte de tudo aquilo que nós vencemos nas últimas eleições e continuaremos vencendo nos próximos anos.
Eu quero um Brasil em que as Reginas Duarte não se criem jamais.
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