Mais uma prova da desmoralização de Jair Bolsonaro: o novo comandante do Exército é o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Trata-se do homem que deu entrevista ao Correio Braziliense defendendo medidas de combate à covid-19 como lockdown e uso de máscaras.
As declarações do cearense Paulo Sérgio, refutando o negacionismo bolsonarista, foram um dos motivos que levaram à demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Falou também numa “terceira onda” da covid-19.
“Desde a chegada ao quartel até a instrução; à noite, na hora de dormir; é o termômetro na entrada, higienização dos pés, álcool em gel, uso da máscara, distanciamento. Nós testamos praticamente todos os recrutas, quase 90%, e o índice de contaminação foi muito baixo”, afirmou.
A taxa de mortalidade na instituição é de 0,13%, abaixo do índice de 2,5% da população. Bolsonaro preferiu colocar no Ministério da Saúde outro soldado — o inútil Pazuello.
Paulo Sérgio chefiava o Departamento-Geral do Pessoal e é a autoridade máxima de saúde e de recursos humanos da corporação.
Foi comandante militar do Norte e integra o Alto-Comando.
É ligado a Pujol, seu antecessor, que desagradou Bolsonaro por não se manifestar contra a decisão de Fachin de anular processos de Lula.
Bolsonaro foi obrigado a se enquadrar nos critérios tradicionais de nomeação e a ceder aos militares.
Seu sonho de nomear um radical de extrema direita foi para o buraco.
O presidente está na mão do Centrão, do Exército e da Justiça.
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