“Abaixa a arma que aqui só tem família”, disse petista a seu assassino bolsonarista

Atualizado em 15 de julho de 2022 às 18:16
Marcelo Arruda e Jorge Guaranho

Segundo a Polícia Civil, o guarda municipal Marcelo Arruda fez um apelo ao policial penal bolsonarista Jorge Guaranho antes de ser assassinado por ele em sua festa de aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu, que homenageava o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Relatos e imagens de câmeras de segurança mostram que o assassino já havia começado a disparar para dentro do salão de festas onde acontecia o evento, quando o petista gritou: “Abaixa a arma que aqui só tem família!”

“O que a gente vê é que vítima e autor ficam de três a quatro segundos apontando a arma um para o outro. A vítima disse: ‘Abaixa a arma, aqui é polícia, aqui só tem família’. O agente penitenciário respondeu: ‘Abaixa a arma você’. Até que ele efetuou alguns disparos”, afirmou a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello.

A delegada nega que Guaranho tenha agido em legítima defesa, já que “foi ele que decidiu atirar, não a vítima”.

O bolsonarista aparece nas imagens invadindo a festa e se aproximando da vítima já no chão para atirar. Arruda revida e acerta o policial, que cai e é agredido por participantes da festa após o tiroteio.

De acordo com a investigação, o petista foi atingido por dois tiros —em uma das pernas e no peito. Já Guaranho levou quatro disparos, nas pernas e no rosto.