Advogado diz que “não há como não suspeitar de Bivar” após incêndios

Atualizado em 12 de março de 2024 às 13:40
Antonio Rueda, presidente do União Brasil, e Luciano Bivar. Foto: reprodução

O presidente eleito do União Brasil, Antônio Rueda, e seus advogados levantam suspeitas sobre o ex-chefe do partido, o deputado federal Luciano Bivar, após os incêndios que atingiram sua casas de praia e a de sua irmã no litoral de Pernambuco. Os dois imóveis, localizados em um condomínio na Praia de Toquinho, foram incendiados simultaneamente na noite de segunda-feira (11).

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que representa Rueda, disse em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, que tem preocupação com a possibilidade de envolvimento de Bivar nos incidentes. “Não temos como não suspeitar de Bivar”, afirmou Catta Preta, ressaltando que o condomínio possui ligação com o deputado, o que poderia facilitar o acesso para ações dessa natureza.

O embate entre Rueda e Bivar ganhou destaque recentemente com a divulgação de uma representação criminal contra Bivar à Polícia Civil do Distrito Federal por parte de Rueda. O motivo foi uma suposta ameaça feita por Bivar, conforme um vídeo de uma ligação telefônica.

Jair Bolsonaro e Luciano Bivar. Foto: reprodução

Por outro lado, o parlamentar próximo a Bolsonaro rejeitou as suspeitas contra ele, descrevendo-as como “ilação” e “factoide”. Em entrevista a jornalistas na manhã desta terça-feira (12), ele contra-atacou, acusando a esposa de Rueda de roubar um cofre de sua residência. “A mulher do presidente foi no meu apartamento e roubou meu cofre”, declarou.

“Tudo é ilação. É mais um factóide”, declarou Bivar desviando do foco em si. “Falam que tem uma eleição e não tem nenhum documento. Eles têm que explicar isso”, prosseguiu. Em 2018, quando Jair Bolsonaro, atualmente no PL, venceu a disputa pela presidência, ele era filiado ao PSL, partido presidido por Bivar que se fundiu com outras siglas para a criação do União Brasil.

A disputa interna no União intensificou-se nas últimas semanas, especialmente após Bivar tentar cancelar a convenção partidária. Embora a eleição tenha ocorrido, Bivar não reconheceu sua legitimidade, destacando a falta de documentos que comprovem o evento.

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