Nesta quinta-feira (8), a operação “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal (PF), mirou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os principais alvos estão Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
Essa ação foi impulsionada pela delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo Cid, Bolsonaro estava diretamente envolvido na discussão de um decreto golpista, visando impedir a transição de governo após as eleições de 2022. Ele teria solicitado alterações em um documento que previa a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições.
Além disso, Cid afirmou que Martins entregou a Bolsonaro uma versão do decreto golpista, detalhando supostas interferências da Justiça no Executivo.
Esse documento previa, entre outras coisas, a realização de novas eleições e a prisão de autoridades. Posteriormente, Bolsonaro teria concordado com as mudanças propostas na minuta.
Outro ponto mencionado por Cid foi a atuação de Walter Braga Netto, que teria mantido Bolsonaro informado sobre acampamentos golpistas montados em frente aos quartéis após a eleição de Lula. A PF investiga se Braga Netto servia de elo entre Bolsonaro e os manifestantes golpistas.
Além de Martins e Braga Netto, a operação da PF também mirou outros aliados de Bolsonaro, incluindo os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça).
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