Alô, TSE: Bolsonaro usa evento do PL como campanha e elogia o torturador Ustra

Viúva da ditadura, Jair elogiou o coronel Carlos Brilhante Ustra, morto em 2015 e condenado pela Justiça por tortura

Atualizado em 27 de março de 2022 às 13:26
Alô, TSE: Bolsonaro usa evento do PL como campanha e elogia o torturador Ustra
Alô, TSE: Bolsonaro usa evento do PL como campanha e elogia o torturador Ustra. Foto: Reprodução/Twitter

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um evento do seu partido na manhã deste domingo (27), em Brasília. No discurso, Jair falou em luta é do “bem contra o mal”, e não da “esquerda contra a direita”. Ele também criticou pesquisas eleitorais que apontam liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência.

Viúva da ditadura, Jair elogiou o coronel Carlos Brilhante Ustra, morto em 2015 e condenado pela Justiça por tortura. Sem mencionar as investigações de corrupção envolvendo pastores no MEC (Ministério da Educação), o presidente afirmou que não existe corrupção no seu governo.

Apesar do nome “Movimento Filia, Brasil”, o evento antes havia sido anunciado como lançamento da pré-candidatura do presidente à reeleição. Advogados da campanha alteraram o nome para evitar acusação de propaganda eleitoral antecipada e problemas com a Justiça Eleitoral.

A lei só permite campanha a partir de 16 de agosto. Ontem, o presidente afirmou que se tratava do lançamento da pré-candidatura.

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Mesmo com a mudança no nome, o clima no centro de convenções era de campanha, com música e com o público gritando o nome do presidente, enquanto um apresentador ao estilo de rodeios puxava coros e bradava que Bolsonaro “representa a dignidade do povo brasileiro”.

O local comporta 4.000 pessoas, mas não estava lotado. A assessoria do PL não informou estimativa de público até este momento. O evento do PL acontece no mesmo dia em que o TSE acatou, em decisão liminar, um pedido do partido de Bolsonaro para classificar como propaganda eleitoral as manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza.

O TSE também determinou multa de R$ 50 mil para a organização do evento em caso de novas manifestações. O presidente negou que o evento era campanha eleitoral antecipada: “Aqui não é lugar de fazer campanha para ninguém”, disse.

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