Argentina terá investimentos de US$ 23 bi por negócios com a China na Rota da Seda

Atualizado em 6 de fevereiro de 2022 às 20:17
Argentina terá investimentos bilionários. Presidente do país se encontra com Xi Jinping, que governa a China.
Argentina contará com investimentos bilionários e apoio da China. Foto: AFP

A Argentina vai receber um pacote de investimentos de US$ 23 bilhões da China. As informações são do presidente da Argentina, Alberto Fernández, que publicou através do Twitter a participação em uma conversa “cordial, amistosa e frutífera” com o mandatário chinês, Xi Jinping.

Fernández disse que a Argentina entrará na chamada ‘Nova Rota da Seda’ – isso acende sinal de alerta aos Estados Unidos.

O encontro entre os líderes ocorreu na cidade de Pequim, durante a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem na China.

Uma primeira parte do acordo garante US$ 14 bilhões, com foco em infraestrutura. Já o segundo será de cerca de US$ 9,7 bilhões.

O presidente saudou o acordo e disse que ambos valorizam um vínculo profundo das relações chino-argentinas.

Fernández ainda comentou que a “decisão da China de incentivar um maior uso das moedas nacionais em comércio de apoiar a reivindicação argentina para a suspensão da política de ‘sobrecargos’ do FMI são avanços cruciais.

Leia mais:

1 – Lula elogia Alberto Fernández por refinanciamento com FMI

2 – ‘A Justiça brasileira decidiu com autonomia’, diz Alberto Fernández sobre anulação dos processos de Lula

3 – Putin gosta mais do presidente da Argentina do que do Bolsonaro

Argentina terá investimentos bilionários vindos da China

Conhecida como o ‘quintal’ dos EUA, a América Latina vive um longo período de dependência econômica em relação ao gigante norte-americano. A recente aproximação da China no continente, com o agronegócio brasileiro, e agora com a Argentina, são uma ameaça a hegemonia americana na região.

Mais recentemente, Alberto Fernández e Bolsonaro decidiram fazer viagens oficiais à Rússia, governada por Vladimir Putin.

No entanto, Joe Biden considerou uma péssima ideia e pediu que os presidentes não fossem até o país, devido às questões geopolíticas envolvendo a Rússia e a Ucrânia.

A China vem também ameaçando a soberania da Europa, ao se aproximar de países do leste do continente e da África, continente que, historicamente, esteve dependente da Europa.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.