Grupos vendem armas e pornô infantil no Telegram, reduto bolsonarista

Atualizado em 14 de março de 2022 às 10:53
Telegram
Aplicativo é lar de bolsonarismo e fake news/ Foto: Reprodução

Neste domingo (13), foi ao ar no Fantástico reportagem que investiga atividades criminosas nos grupos do aplicativo de mensagem Telegram. Instalado em mais de 1 bilhão de celulares, o Telegram é alvo de denúncias de propagação de discursos de ódio e divulgação de informações falsas.

Nos grupos, também são encontrados tráfico de drogas, comércio de dinheiro falso, propaganda nazista e até venda de certificados de vacinação. Tudo circulando livremente.

Um dos golpistas se apresenta como “professor de estelionato” oferecendo um “curso de golpes”. “Quem dá golpe acorda cedo, malandro. Quem dorme muito, fica liso, tá duro. Bota isso na sua cabeça.”, diz em áudio.

Entre os crimes que mais figuram nos grupos do Telegram, estão: Estelionato, propaganda neonazista, pornografia infantil, Venda de armas sem registro, venda de drogas, venda de notas de dinheiro falsas, falsificação de documentos, falsificação do certificado de vacinação contra a Covid-19

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Telegram e fake news

No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral já manifestou preocupação com o impacto que o Telegram pode ter nas próximas eleições. A desinformação que circula pelo aplicativo, que é reduto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), está na mira do Ministério Público, que abriu uma investigação para apurar táticas organizadas de disparos de fake news.

O inquérito, aberto no ano passado, já tem mais 6 mil páginas. Os procuradores questionaram sete aplicativos sobre as ações desenvolvidas por eles pra coibir crimes.

Uma pesquisa realizada pelo Senado aponta que na última eleição presidencial 45% dos entrevistados decidiram o voto com base em informações vistas em redes sociais. E 47% responderam que acham difícil identificar as fake news.

Para as eleições deste ano, o TSE criou um programa de enfrentamento à desinformação. Mais de 80 aplicativos e sites toparam participar. O único que sequer se manifestou foi o Telegram.

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