Acampamento Marielle Vive, do MST, é alvo de atentado

Ninguém se feriu. No momento haviam várias pessoas no local, a maioria se jogou no chão. Segundo relatos, o autor do crime se tratava de um homem branco que parecia estar sozinho.

Atualizado em 10 de abril de 2022 às 12:40
hoem dispara tiros contra acampamento Marielle Vive
Portaria do acampamento Marielle Vive
Foto: MST em SP

Na madrugada de hoje, (10), por volta das 3 horas da manhã, um homem não identificado realizou disparos de arma de fogo contra a portaria do Acampamento Marielle Vive, em Valinhos (SP). Local no qual havia pessoas no momento. O ataque ocorreu poucos dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a suspensão dos despejos na pandemia até 30 de junho de 2022.

As pessoas que presenciaram o atentado relatam ter visto um carro passando diversas vezes na frente do Acampamento com a placa coberta e em velocidade reduzida. Na última vez, reduziu ainda mais a velocidade ao chegar em frente o local, tirou a mão para fora com uma arma e disparo tiros, em seguida, fugiu no sentido da cidade de Valinhos.

balas disparadas no Marielle Vive
restos de balas encontrados no local
Foto: Reprodução

Ninguém se feriu. No momento haviam várias pessoas no local, a maioria se jogou no chão. Segundo relatos, o autor do crime se tratava de um homem branco que parecia estar sozinho.

“Conclamamos a todas e todos contrários à violência, à política do ódio e a estes tipos de ataques e ameaça contra a integridade destas famílias a denunciarem o fato para coibir os fascistas de plantão que se sentem livres para cometer seus crimes na calada da noite”, diz o MST em nota.

“A prefeitura de Valinhos está assistindo estas violências cometidas ao longo dos quatro anos de existência do Acampamento, mas tem nas mãos o poder de resolver este conflito com o reconhecimento da cidadania e assentamento definitivo das famílias no local, implantando políticas públicas através do Estado e favorecendo a acesso à moradia e ao trabalho digno.

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Bolsonaro liga caso de Miliciano Adriano Nóbrega com morte de Marielle Franco

bolsnaro liga caso de marielle com de miliciano
Bolsonaro e Marielle Franco
Foto: Reprodução

Em transmissão ao vivo na última quinta-feira (7), presidente Jair Bolsonaro (PL) comenta os desdobramentos do caso do miliciano Adriano da Nóbrega durante transmissão nas redes sociais e compara com caso de Marielle Franco. O chefe do executivo diz não haver motivos para acusação de crime contra a vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. O caso ainda não teve solução.

“Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir mais. Os áudios dela, pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou: em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto”, declarou.

Depois das falasde Bolsonaro, Orlando Silva, (PCdoB-SP) disse que o presidente “se entregou” ao fazer relação entre os dois casos.

“O próprio Bolsonaro se colocou na cena do crime. Eu não relacionei os áudios sobre o assassinato do PM Adriano Nóbrega com a Marielle. Mas peixe morre pela boca, né? O capitão engoliu a chumbada”, disse Orlando Silva.

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