Em ato falho, Bolsonaro diz que não tinha “motivo para matar Marielle Franco”

Atualizado em 7 de abril de 2022 às 20:59
Em ato falho, Bolsonaro diz que não tinha “motivo para matar Marielle Franco”. Foto de Bolsonaro durante a live semanal no YouTube
Presidente tocou no assunto ao falar sobre a investigação do caso Adriano da Nóbrega. Foto: Reprodução / YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o espaço de sua live semanal nesta quinta-feira (7) para se manifestar sobre os desdobramentos envolvendo o caso Adriano da Nóbrega. No dia de ontem, o jornal Folha de São Paulo noticiou que a irmã dele acusou o Palácio do Planalto de oferecer cargos em troca de assassinato. As mensagens foram enviadas dois dias depois do assassinato de Nóbrega.

Durante o comentário sobre o assunto, Bolsonaro citou o caso Marielle Franco (PSOL-RJ), vereadora assassinada no centro da cidade do Rio de Janeiro no ano de 2018, a polícia ainda não encontrou o mandante do caso.

No momento da fala ele criticava uma publicação no Twitter do deputado Orlando Silva (PCdoB-RJ), “MAFIOSOS! Os áudios da irmã de Adriano da Nóbrega levam o assassinato para dentro do Palácio do Planalto. É público que o miliciano tinha relações íntimas com a família Bolsonaro e a hipótese de queima de arquivo sempre esteve à mesa. Há pouco alarde sobre algo tão escabroso”, disse.

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Bolsonaro diz que não tinha motivos para mandar matar Marielle Franco

Ao tocar no assunto do assassinato de Marielle, Bolsonaro disse que não tinha “motivo nenhum” para ser acusado como mandante do crime. “Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir mais. Os áudios dela, pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou: em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto.”

Ao se referir à irmã de Adriano da Nóbrega, Daniele da Nóbrega, ele disse “Nunca conversei com ela, pelo que eu lembre.”

Adriano, próximo da família Bolsonaro, morreu no mês de fevereiro de 2020 em uma operação policial no estado da Bahia.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia?”, afirmou Daniela em um dos áudios.

Veja o vídeo:

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