Atriz Maria Ribeiro defende que Lula não fale sobre aborto em ano de eleição

Atualizado em 6 de junho de 2022 às 16:08
Maria Ribeiro
Atriz defende que Lula permaneça em silêncio sobre aborto até o ano que vem

A atriz e escritora Maria Ribeiro, que recentemente declarou voto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela corrida à Presidência, defendeu que ele pare de falar sobre a legalização do aborto no Brasil em ano de eleição para evitar prejuízos, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

Maria Ribeiro participou de entrevista no 66º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha e fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que Lula permaneça em silêncio como estratégia necessária para garantir a vitória nas eleições de outubro.

“A gente não pode falar sobre o aborto”, disse a artista, que se considera feminista. “Estou num nível estrategista máximo, e acho que Lula não tem que falar sobre o aborto. Aí a gente fala no ano que vem, entendeu? A gente precisa ganhar essa eleição.”

Em abril, o ex-presidente disse que o aborto deveria ser um “direito de todo mundo” e foi alvo de críticas por parte de adversários. Um dia depois, o petista afirmou ser pessoalmente contra o aborto, mas defendeu o atendimento de mulheres que desejem realizar o procedimento na rede pública de saúde. A lei brasileira permite o aborto em caso de estupro, risco para a vida da gestante e fetos anencéfalos.

A pesquisa Genial/Quaest realizada em maio, aponta que 50% dos eleitores afirmaram que o posicionamento sobre o assunto diminui a chance de votar em um candidato. Outros 40% disseram que o tema não influi, e 5% afirmaram que aumenta a chance de votar no candidato.

Apesar de querer o silêncio de Lula para evitar prejuízos eleitorais, a atriz criticou colegas que não se posicionam politicamente. “Estou com dificuldade de continuar conversando com amigos que não se posicionam”, disse, sem mencionar nomes.

Maria Ribeiro está em cartaz em São Paulo com o monólogo “Pós-F”, adaptação de um livro lançado pela atriz Fernanda Young em 2018, um ano antes de sua morte. A obra reúne reflexões sobre vários assuntos, como feminismo, machismo e assédio.

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