O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa do vazamento de dados de uma investigação sigilosa que apura ataque hacker à Corte. Barroso disse que Bolsonaro colocou os dados expostos a “milícias digitais e hackers” que queiram invadir o sistema do TSE.
A declaração foi feita durante a primeira sessão solene de 2022, nela Barroso disse que “Ninguém fornece informações que possam facilitar ataques invasões e outros comportamentos delituosos. Tudo aqui é transparente, mas sem ingenuidades. Sempre lembrando que informações sigilosas que foram fornecidas à Polícia Federal para auxiliar uma investigação foram vazadas pelo próprio presidente da República em redes sociais, divulgando dados que auxiliam milícias digitais e hackers de todo mundo que queiram invadir nossos equipamentos”.
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Investigação contra Bolsonaro está em andamento
A divulgação dos dados feita por Bolsonaro fizeram a Corte a entrar com uma investigação contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do executivo faltou na semana passada a um depoimento marcado para que pudesse esclarecer o assunto. A Advocacia-Geral da União (AGU) disse que a investigação do ataque hacker não ocorria em segredo, já a delegada da Polícia Federal disse que informações eram sim sigilosas.
Bolsonaro fez divulgação a fim de questionar a segurança das urnas eletrônicas, embora o ataque não tivesse qualquer relação com o funcionamento dos equipamentos de votação. Denisse Dias Ribeiro, delegada da PF, disse que Bolsonaro teve “atuação direta, voluntária e consciente” no crime de violação das informação sigilosas.
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